sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Quaresma no Ano Jubilar da Misericórdia

Queridos amigos, paz e bem!

Logo do Ano da Misericórdia - Brasil
Estamos às portas do Tempo Quaresmal, período que vai da Quarta-feira de Cinzas até a Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa. São quarenta dias em que a Igreja nos propõe a penitência, ou seja, um desejo profundo de conversão, o reconhecimento das próprias faltas, um maior esforço para o seguimento  de Cristo.

A Quarta-feira de Cinzas dá início ao Tempo Quaresmal. Antigamente, a quaresma tinha início na Segunda-feira após o 1º Domingo Quaresmal – isso porque os domingos não são, em seu júbilo pascal, considerados dias de penitência. A partir do século VI o início da quaresma foi antecipado para a Quarta-feira, isto é, antes do Domingo chamado “invocabit” (Primeiro Domingo da Quaresma).

“O Rito da imposição das Cinzas, que ocorre na Quarta-feira, é um sinal de penitência e convocação para a conversão, acompanhado pelas palavras ‘Convertei-vos e crede no Evangelho’ (Mc 1,15), ou ‘Lembra-te que és pó e em pó hás de tornar’ (Gn 3,19)”, explicam Albert Josef e Marion Bexten, do Instituto Litúrgico alemão em Trier.

Além disso, há também o chamado “Jejum Litúrgico”, que é a supressão do Hino de Louvor e do Aleluia nas liturgias da Santa Missa, e do Te Deum, na Liturgia das Horas.
Contudo, vivenciaremos uma Quaresma diferenciada, dentro do Ano Jubilar da Misericórdia. Será, sem dúvidas, um tempo de “experimentar” a misericórdia do Senhor com maior intensidade.
“A ‘penitência’, em suas mais diferentes expressões, é resposta amorosa, agradecida, consequente ao amor incondicional de Deus que, em Jesus, nos regenerou para uma vida nova” (Editorial da Revista de Liturgia nº 253).

Nesse tempo, queridos irmãos, a Igreja nos proporciona celebrações e meditações especiais, afim de chegarmos à “Noite Luminosa da Páscoa” como verdadeiros seguidores de Cristo, com nossos corações convertidos e “misericordiosos como o Pai”. Um dos grandes exercícios espirituais propostos é o Retiro Quaresmal – meditações penitenciais pessoais – são inúmeros, escritos por padres e bispos, em favor do Povo de Deus. Além disso, há também a tradicional Via-Sacra, normalmente celebrada às Sextas-feiras, que surgiu como imitação das procissões em Jerusalém, onde se visitam os lugares santos. Percorrer as estações da Via-Sacra é meditar o apelo de Jesus para segui-lo: “Chamou a multidão e seus discípulos junto de si e disse: Quem quiser ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mc 8,34).

Temos também outras meditações, tais como a Meditação das dores de Maria, as procissões da penitência, etc. Recordo ainda que a quaresma é um tempo propício para momentos de deserto diante do Santíssimo Sacramento e maior participação nas Santas Missas (dominicais e semanais).

A “Quaresma da Misericórdia” é também um momento especial para colocarmos em prática as sete obras de misericórdia corporais: dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; dar pousada aos peregrinos; assistir aos enfermos; visitar os presos e enterrar os mortos.

Lhe proponho também, querido amigo, uma peregrinação à uma das Portas Santas abertas por ocasião do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, e lá participar do Sacramento da Reconciliação e da Santa Missa, professar a fé e rezar pelas intenções do Santo Padre, o Papa, com o desejo de receber as indulgências plenárias desse Ano Santo.

Caminhemos com o Senhor, rumo à festa da Luz!
Maria, Mãe da Dores, rogai por nós!

Jr Corrêa