terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Sobe para 583 o número de casos de microcefalia no Brasil

Novo balanço do Ministério da Saúde aponta que 4.107 casos ainda estão sendo investigados. Outras 950 notificações foram descartadas. Até o momento, foram registradas 30 mortes por causa da má formação.


Os 583 casos confirmados ocorreram em 235 municípios, localizados em 16 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rondônia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

O Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

Fonte: CBN

Polícia pede prisão de ex-presidente da Samarco e seis funcionários

Eles são acusados de homicídio e de poluírem água potável

Da redação

Foto: meexplica.com
A Polícia Civil mineira pediu a prisão preventiva do presidente licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi, e de seis funcionários da empresa, nesta terça (23). Assim como Vescovi, eles também estariam licenciados da mineradora, segundo informações da polícia.

A conclusão do primeiro inquérito que investiga o rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais, que ocorreu em novembro do ano passado, também pede a prisão de um funcionário da VogBR, que seria o engenheiro responsável pela declaração de estabilidade da barragem.

Eles foram indiciados por homicídio qualificado com dolo eventual, aquele em que a pessoa assume o risco de matar. A pena para esse tipo de crime varia de 12 a 30 anos de prisão. A polícia pede que cada um dos indiciados responda por esse crime 19 vezes, ou seja, pelos 19 mortos com o estouro da barragem.

Fonte: Caros Amigos

Iniciativa mundial mobilizará fieis para o sacramento da reconciliação

A atividade penitencial começará no dia 4 de março, com missa presidida pelo papa Francisco

No contexto da celebração do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o Vaticano propõe a realização do evento “24 horas para o Senhor”. A atividade ocorrerá dias 4 e 5 de março, dentro do período da Quaresma. Em todo o mundo, igrejas abrirão as portas, durante o dia todo, para atendimento de confissões. 

No Vaticano, o papa Francisco presidirá celebração penitencial, na sexta-feira 4 de março, na Basílica de São Pedro, às 17h (hora local), abrindo oficialmente o evento “24 horas para o Senhor”.  

Na mensagem para a Quaresma 2016, o papa desejou que a atividade fosse realizada novamente e destacou que esse período torna-se propício à conversão e aproximação da misericórdia divina. 

"Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que 'a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus'. Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa '24 horas para o Senhor', quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio", disse Francisco. 

Na reflexão, papa lembrou, também, que a Quaresma é tempo para a prática das obras de misericórdia. “O Ano Jubilar é um tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia. Se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais diretamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar”, escreveu. 

CNBB com informações da Rádio Vaticano. 

Ecumenismo e Igreja

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem!
Estamos em meio à quaresma, um tempo favorável ao arrependimento e à conversão. É tempo de voltar ao Senhor, é tempo de ser Igreja. Como todos os anos, juntamente com a quaresma, a Igreja do Brasil, por meio da CNBB (Comissão Nacional dos Bispos do Brasil), nos propõe a Campanha da Fraternidade. O objetivo da campanha é despertar a solidariedade nos cristãos e em toda a sociedade, sempre tendo como tema algum problema social e buscando caminhos para solucioná-lo.
Porém, nesse ano de 2016, há algo de diferente na Campanha da Fraternidade: ela é a quarta campanha ecumênica da história. Além da Igreja Católica, a Campanha da Fraternidade Ecumênica conta com a participação da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP), da Visão Mundial, da Aliança de Batistas do Brasil, do CONIC (Conselho de Nacional de Igrejas Cristãs) e do Misereor (comunidades católicas da Alemanha).
O texto base afirma que “o testemunho ecumênico coloca-se na contramão de todo tipo de competição e de proselitismo, tão frequentes no contexto religioso. É uma clara manifestação de que o diálogo e o testemunho conjunto são possíveis. É um apelo dirigido a todas as pessoas religiosas e de boa vontade para que contribuam com as suas capacidades para a promoção da convivência, da justiça, da paz e do cuidado com a criação. É, também, uma comprovação de que Igrejas irmãs são capazes de repartir dons e recursos na sua missão’.
À primeira vista, o ecumenismo parece uma nova situação na Igreja – mas não é! O decreto do Concílio Vaticano II “Unitatis Redintegratio”, assinado em 1964 pelo Papa Paulo VI e pelos padres conciliares, entende que “movimento ecumênico” são as atividades e iniciativas, que são suscitadas e ordenadas, segundo as várias necessidades da Igreja e oportunidades dos tempos, no sentido de favorecer a unidade dos cristãos. Nos diz também que “é necessário que os fiéis católicos, na ação ecumênica, se preocupem com os irmãos separados, rezando por eles, comunicando com eles sobre assuntos da Igreja, dando os primeiros passos em direção à eles. Sobretudo, porém, examinem com espírito sincero e atento aquelas coisas que na própria família católica devem ser renovadas e realizadas para que a sua vida dê um testemunho mais fiel e luminoso da doutrina e dos ensinamentos recebidos de Cristo, através dos apóstolos”.
“Não há verdadeiro ecumenismo sem conversão interior. É que os anseios de unidade nascem e amadurecem a partir da renovação da mente, da abnegação de si mesmo e da libérrima efusão da caridade. Por isso, devemos implorar do Espírito divino a graça da sincera abnegação, da humildade e mansidão no serviço, e da fraterna generosidade para com os outros”. (Unitatis Redintegratio)
A primeira Campanha da Fraternidade Ecumênica aconteceu no jubileu do ano 2000, com o tema “Dignidade humana e paz”. Em 2005 a campanha tinha como tema “Solidariedade e paz”, e refletia sobre a paz entre os homens, respeitando as diferenças, trazendo como lema “Felizes os que promovem a paz”. Já em 2010 o tema tratado foi “Economia e vida”, e nos levava a refletir uma perícope do Evangelho de São Mateus: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24c).
Nesse jubileu extraordinário da Misericórdia somos convocados pela campanha a refletir sobre duas dimensões básicas para a subsistência da vida: o cuidado com a criação e a luta pela justiça. Temos uma Campanha da Fraternidade Ecumênica por excelência, ao refletirmos o tema: “Casa Comum, nossa responsabilidade”.
Vivemos todos em um mesmo planeta, nossa casa comum, e, por isso, somos chamados à refletir, trabalhar e cuidar e cuidar de nossa Casa. A quaresma nos chama à conversão, a Campanha da Fraternidade nos convida à uma mudança de atitude. Cuidemos de nosso planeta!
Na alegria do Senhor, que é a nossa força, caminhemos rumo à Páscoa da Ressurreição!

Junior Corrêa


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Milhares de peregrinos aguardam o papa Francisco no México

Na manhã de hoje, 12, de janeiro, o papa Francisco embarcou para o México. Trata-se da 12ª viagem apostólica internacional deste pontificado. No trajeto, Francisco fará breve escala no aeroporto internacional de Havana, para encontro histórico com o patriarca ortodoxo Russo Kirill, na capital de Cuba. O papa retornará ao Vaticano, no dia 18.
O objetivo desta viagem consiste em estabelecer compromisso com o diálogo e a paz no país, além da busca pela renovação espiritual, luta contra a corrupção e violência. No roteiro da visita, o papa percorrerá a Cidade do México, San Cristóbal e Ciudad Juárez.
Em entrevista, o arcebispo de Cidade do México, cardeal Norberto Rivera, disse que o papa encontrará um país em momento de comunhão e liberdade religiosa.
“O México vive uma situação muito especial porque durante a primeira visita do Santo Padre não existiam relações com a Santa Sé. Não havia, poderíamos dizer, liberdade religiosa oficialmente, tínhamos uma liberdade religiosa permitida. Hoje constitucionalmente está aprovada a liberdade religiosa. Agora temos um clima muito favorável. Por isso, o papa encontrará um México que ele mesmo notará, com progressos muito importantes em seu desenvolvimento econômico, político e social”, acrescentou o cardeal.
Dom Rivera comentou, ainda, sobre as dificuldades vividas pela população, como problemas na saúde e administração pública. “Ao mesmo tempo um México que vive situações graves de violência, de pobreza, e em alguns lugares, muito cruel, com uma pobreza extrema”, relatou. 
Peregrino da paz

Na quinta-feira, 11, o papa Francisco visitou a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, como é tradição antes das viagens internacionais. Rezou diante da imagem de Nossa Senhora, pedindo pela paz no México.
“Eu não vou ao México como um Rei Mago, carregado de coisas para levar. Vou sim como um peregrino procurando que o povo mexicano me dê alguma coisa. Vou buscar a fé que vocês têm, vou para deixar-me contagiar pela riqueza desta fé”, disse o papa sobre a viagem. 
No decorrer da peregrinação no país, Francisco rezará missa no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, também visitado por diversas vezes por São João Paulo II e Bento XVI.  
“Muitas vezes quando tenho medo por algum problema, repito a mim mesmo as palavras da Virgem a Juan Diego: ‘Não tenhas medo, não estou aqui, eu que sou a tua mãe?’ Me coloco diante de sua imagem e fico ali olhando para ela. Sinto que é Mãe, que cuida, que protege, que leva em frente um povo, uma família”, contou o papa sobre a devoção a Guadalupe. 
Confira a programação da viagem ao México:
Sábado, 13 de fevereiro
Cidade do México (CDMX)
14h – Encontro com as Autoridades, Sociedade Civil e Corpo Diplomático
15h – Encontro com os Bispos
20h45 – Missa na Basílica de Guadalupe

Domingo, 14 de fevereiro
Ecatepec
15h – Missa
Cidade do México (CDMX)
21h30 – Visita ao Hospital Pediátrico “F. Gomez”

Segunda-feira, 15 de fevereiro
San Cristóbal
14h – Missa com as comunidades indígenas de Chiapas
Tuxtla – Gutiérrez
20h – Encontro com as famílias

Terça-feira, 16 de fevereiro
13h45 – Morelia
Missa com sacerdotes, religiosos, consagrados e seminaristas
20h15 – Morelia
Encontro com os jovens]

Quarta-feira, 17 de fevereiro
Ciudad Juárez
15h15 – Visita à Penitenciária Estatal
16h45 – Encontro com o mundo do trabalho
20h45 – Missa
CNBB com informações e foto da Rádio Vaticano. 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Quaresma no Ano Jubilar da Misericórdia

Queridos amigos, paz e bem!

Logo do Ano da Misericórdia - Brasil
Estamos às portas do Tempo Quaresmal, período que vai da Quarta-feira de Cinzas até a Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa. São quarenta dias em que a Igreja nos propõe a penitência, ou seja, um desejo profundo de conversão, o reconhecimento das próprias faltas, um maior esforço para o seguimento  de Cristo.

A Quarta-feira de Cinzas dá início ao Tempo Quaresmal. Antigamente, a quaresma tinha início na Segunda-feira após o 1º Domingo Quaresmal – isso porque os domingos não são, em seu júbilo pascal, considerados dias de penitência. A partir do século VI o início da quaresma foi antecipado para a Quarta-feira, isto é, antes do Domingo chamado “invocabit” (Primeiro Domingo da Quaresma).

“O Rito da imposição das Cinzas, que ocorre na Quarta-feira, é um sinal de penitência e convocação para a conversão, acompanhado pelas palavras ‘Convertei-vos e crede no Evangelho’ (Mc 1,15), ou ‘Lembra-te que és pó e em pó hás de tornar’ (Gn 3,19)”, explicam Albert Josef e Marion Bexten, do Instituto Litúrgico alemão em Trier.

Além disso, há também o chamado “Jejum Litúrgico”, que é a supressão do Hino de Louvor e do Aleluia nas liturgias da Santa Missa, e do Te Deum, na Liturgia das Horas.
Contudo, vivenciaremos uma Quaresma diferenciada, dentro do Ano Jubilar da Misericórdia. Será, sem dúvidas, um tempo de “experimentar” a misericórdia do Senhor com maior intensidade.
“A ‘penitência’, em suas mais diferentes expressões, é resposta amorosa, agradecida, consequente ao amor incondicional de Deus que, em Jesus, nos regenerou para uma vida nova” (Editorial da Revista de Liturgia nº 253).

Nesse tempo, queridos irmãos, a Igreja nos proporciona celebrações e meditações especiais, afim de chegarmos à “Noite Luminosa da Páscoa” como verdadeiros seguidores de Cristo, com nossos corações convertidos e “misericordiosos como o Pai”. Um dos grandes exercícios espirituais propostos é o Retiro Quaresmal – meditações penitenciais pessoais – são inúmeros, escritos por padres e bispos, em favor do Povo de Deus. Além disso, há também a tradicional Via-Sacra, normalmente celebrada às Sextas-feiras, que surgiu como imitação das procissões em Jerusalém, onde se visitam os lugares santos. Percorrer as estações da Via-Sacra é meditar o apelo de Jesus para segui-lo: “Chamou a multidão e seus discípulos junto de si e disse: Quem quiser ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mc 8,34).

Temos também outras meditações, tais como a Meditação das dores de Maria, as procissões da penitência, etc. Recordo ainda que a quaresma é um tempo propício para momentos de deserto diante do Santíssimo Sacramento e maior participação nas Santas Missas (dominicais e semanais).

A “Quaresma da Misericórdia” é também um momento especial para colocarmos em prática as sete obras de misericórdia corporais: dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; dar pousada aos peregrinos; assistir aos enfermos; visitar os presos e enterrar os mortos.

Lhe proponho também, querido amigo, uma peregrinação à uma das Portas Santas abertas por ocasião do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, e lá participar do Sacramento da Reconciliação e da Santa Missa, professar a fé e rezar pelas intenções do Santo Padre, o Papa, com o desejo de receber as indulgências plenárias desse Ano Santo.

Caminhemos com o Senhor, rumo à festa da Luz!
Maria, Mãe da Dores, rogai por nós!

Jr Corrêa

Holanda vai ganhar uma floresta flutuante em março deste ano

Divulgação - Catraca Livre
Divulgação - Catraca Livre

Projeto inspirado em obra de arte será executado na cidade de Roterdã


Um projeto que mistura ousadia, arte e sustentabilidade promete presentear os moradores de Roterdã, na Holanda, em março deste ano. A cidade será sede de uma floresta flutuante, composta por 20 árvores.

A inspiração para esta ideia inovadora nasceu da obra do artista Jorge Bakker, “In Search Of Habitus”, que chamou a atenção do coletivo holandês Mothership. De acordo com seus criadores, o projeto também serve para levantar questões sobre o relacionamento entre os cidadãos e a natureza.

Eles explicam que, com o crescimento desenfreado das cidades, seria possível que essas árvores fossem simplesmente descartadas. Além disso, o material usado para a base de cada uma delas é confeccionado em sua maioria por materiais reciclados.

Fonte: Catraca Livre

A Alegria Cristã e o Carnaval

De volta para as carnestolendas torna-se oportuno olhar para este acontecimento cultural do carnaval com discernimento e simpatia cristã. Percebemos neste evento marcante da civilização brasileira pelo menos duas tendências inspiradoras: a que se origina do próprio calendário cristão e da explicação a uma das etimologias da palavra, carne vale isto é a carne vale no período que precede ao tempo quaresmal da penitência quando se proibia a ingestão de carne.

E a segunda que vem das festas saturnálias romanas onde havia uma procissão de um carro naval em honra de Saturno, o carrus navalis , que era acompanhado com danças e músicas profanas com pessoas sem roupa. Estas duas visões se misturam e se mesclam como podemos apreciar. A alegria cristã vem do sorriso Pascal, da vida plena, do aleluia da Ressurreição, transformando totalmente a existência humana e fazendo do cristão um homem festivo e lúdico.

No entanto mesmo a festa mais singela e simples pode-se confundir e deturpar quando perdemos a consciência e o equilíbrio, dando vazão a impulsos desordenados e desvariados. Harvey Cox na sua obra sobre a Festa dos Loucos da Idade Média afirmava que uma vez no ano as pessoas tem o direito de perder a cabeça, isto é libertar-se da racionalidade e do controle social. Novamente devemos considerar que a alegria é um dom do Espírito Santo que nos orienta e conduz, também nestas ocasiões onde é preciso ser espontâneo, criativo e contente sem perder a identidade e desrespeitar aos nossos irmãos/ãs.

Muitas pessoas, por excessos podem ofender o matrimônio, a castidade, provocar acidentes ou brigas das quais se arrependerão o resto das suas vidas. Cabe a nós cristãos sermos os anjos bons dos irmãos, ajudando-os a voltar com segurança a casa, advertir o consumo excessivo de bebida, a ultrapassagem da linha da decência e da conveniência, que leva a comportamentos torpes e agressivos. Que o Senhor da Vida e da Verdadeira Alegria nos ajude como ao Rei Davi e São João Batista, a pular e a dançar louvando a Misericórdia do Pai. Deus seja louvado!

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Fonte: CNBB

Adenor Terra disponibiliza novo canto de comunhão para o tempo quaresmal

Refrão do Canto acompanha a temática dos Evangelhos dominicais

O compositor do Hino da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, Adenor Leonardo Terra, disponibilizou, nos último dias, um novo canto de comunhão para o tempo quaresmal (ano C).
A música, composta em tom menor, nos remete à um sentimento de recolhimento, próprio nesse período penitencial. O refrão do canto muda a cada semana, acompanhando o Evangelho de cada domingo.



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Decoro? Que decoro?

Do Portal Folha de São Paulo

O surgimento de novas provas na Lava Jato não reduziu em nada a ousadia de Eduardo Cunha. Na volta do recesso, ele voltou a usar o cargo para atrapalhar o processo que pede sua cassação por quebra de decoro parlamentar.

Em mais uma manobra ostensiva, o deputado anulou a sessão do Conselho de Ética que aprovou relatório preliminar contra ele. A intervenção foi formalizada pelo vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão, também investigado no petrolão.

"A decisão é um absurdo", me disse ontem o presidente do conselho, José Carlos Araújo. Apesar da indignação, ele será obrigado a cumprir a ordem. "O Cunha quer que o conselho se subordine a ele", protestou.

Em tom de desafio ao Supremo Tribunal Federal, o peemedebista disse que não deixará o cargo mesmo que os ministros aceitem a denúncia contra ele. "Já fui réu quando era líder do PMDB", desdenhou. "Vou continuar em qualquer circunstância."

Deputados de seis partidos foram ontem ao Supremo protestar contra a intervenção de Cunha no Conselho de Ética. Eles aproveitaram para levar cópia do depoimento do lobista Fernando Baiano, preso em Curitiba. No vídeo, o delator confirma ter repassado propina ao peemedebista e dá detalhes sobre a aparência e a localização de sua casa, em condomínio fechado na Barra da Tijuca.

Cunha já havia sido pego na mentira ao dizer à CPI da Petrobras que não tinha contas no exterior. Como ele também negou ter recebido visitas de Baiano, o Conselho de Ética poderá processá-lo por mais uma quebra de decoro. Se ele deixar, é claro.

O país avançou ontem mais um grau na escala de irracionalidade política. De um lado, eleitores irritados com o governo bateram panelas para abafar um pronunciamento sobre saúde pública. Do outro, petistas foram às redes sociais para tentar vincular o vírus zika ao PSDB. Nessa disputa, só quem ganha é o mosquito.

Bernardo Mello Franco
Jornalista, assina a coluna Brasília. Na Folha, foi correspondente em Londres e editor interino do 'Painel'. Também trabalhou no 'JB' e no 'Globo'. Escreve de terça a sexta e aos domingos.

Parlamento de Portugal pretende ajudar a reconstruir Museu da Língua Portuguesa

Deliberação ocorreu por unanimidade e reconhece edificação como referência da lusofonia


Do Portal EBC*

O Parlamento de Portugal se mostrou disposto a colaborar, "nas medidas das capacidades", para a reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, que teve suas instalações destruídas por um incêndio no dia 21 de dezembro.

Por meio da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, o Parlamento emitiu uma deliberação, aprovada por unanimidade, em que afirma que, desde a sua inauguração, em 20 de março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa transformou-se "numa referência fundamental" na lusofonia. Os deputados acreditam que a medida exalta a "a união em torno da expressão em língua portuguesa no mundo". O documento será enviado, por via diplomática, às autoridades brasileiras.

Segundo a posição dos parlamentares, o papel que o espaço exercia há quase dez anos era essencial para a valorização, promoção e difusão da língua portuguesa. Para eles, o museu foi bem-sucedido ao "inovar no plano da divulgação de conteúdos baseadas na utilização das novas tecnologias de informação, com recursos interativos que em muito contribuíram para a assinalável e permanente adesão de milhões de visitantes interessados no conhecimento do universo da língua e das culturas que se exprimem em português."

Após o incêndio, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, garantiu que o espaço será reconstruído e que o acervo, por ser digital, foi preservado e tem cópias das obras guardadas.

O museu está localizado no prédio histórico da Estação da Luz, na área central da cidade de São Paulo, e tem por objetivo valorizar e difundir a língua portuguesa. Por isso, é também conhecido por Estação Luz da Nossa Língua.

*Com informações da Agência Lusa

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A alegria pela IV Campanha da Fraternidade Ecumênica – CFE



As Igrejas que integram o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) assumem como missão expressar em gestos e ações o mandato evangélico da unidade, que diz: “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti; que também eles estejam em nós, a fi m de que o mundo creia que tu me enviaste” ( Jo 17,21).

O testemunho ecumênico coloca-se na contramão de todo tipo de competição e de proselitismo, tão frequentes no contexto religioso. É uma clara manifestação de que o diálogo e o testemunho conjunto são possíveis. É um apelo dirigido a todas as pessoas religiosas e de boa vontade para que contribuam com as suas capacidades para a promoção da convivência, da justiça, da paz e do cuidado com a criação. É, também, uma comprovação de que Igrejas irmãs são capazes de repartir dons e recursos na sua missão.

A caminhada ecumênica realizada pelo CONIC tem mais de três décadas. É uma trajetória marcada por fraternidade, confiança, parceria e protagonismo. Dessa trajetória, podem ser destacados como expressões concretas de comunhão fraterna as três Campanhas da Fraternidade Ecumênicas, realizadas nos anos 2000, 2005 e 2010. Todas elas marcaram profundamente a vida das Igrejas que nelas se envolveram.

A motivação para essas Campanhas fundamentou-se na compreensão de que, no centro da vivência ecumênica, está a fé em Jesus Cristo. Isso se deu, porque o movimento ecumênico está marcado pela ação e pelo desafio de construir uma Casa Comum (oikoumene) justa, sustentável e habitável para todos os seres vivos. Essa luta é profética, pois questiona as estruturas que causam e legitimam vários tipos de exclusão: econômica, ambiental, social, racial e étnica. São discriminações que fragilizam a dignidade de mulheres e homens.

É exatamente isso que acontece quando, neste ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) coloca outra vez à disposição do CONIC a Campanha da Fraternidade, seu mais conhecido projeto de evangelização.

Com esse espírito, no ano 2000, na virada do milênio e no contexto do Grande Jubileu, foi realizada a primeira Campanha da Fraternidade Ecumênica com o tema “Dignidade humana e paz” e com o lema “Novo milênio sem exclusões”. No ano de 2005, foi realizada a segunda Campanha da Fraternidade Ecumênica. O tema foi “Solidariedade e paz” e o lema “Felizes os que promovem a paz”. A Campanha Ecumênica de 2010 provocou o debate sobre o papel da economia na sociedade. O tema foi “Economia e vida”, aprofundado com o lema bíblico “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24c).

A Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016 apresenta o tema “Casa Comum, nossa responsabilidade” e tem como lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). O objetivo principal é assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.

Nesse tema e nesse lema, duas dimensões básicas para a subsistência da vida são abarcadas a um só tempo: o cuidado com a criação e a luta pela justiça, sobretudo dos países pobres e vulneráveis. Nessa Campanha da Fraternidade Ecumênica, queremos instaurar processos de diálogo que contribuam para a reflexão crítica dos modelos de desenvolvimento que têm orientado a política e a economia. Faremos essa reflexão a partir de um problema específico que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos, que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país.

Perguntamos: como estão estruturadas as nossas cidades? Quem realmente tem acesso ao saneamento básico? No ano de 2014, o sudeste do Brasil viveu uma das maiores crises hídricas já registradas na história recente do país. Quem foi responsabilizado por isso? Por que os serviços de saneamento básico, considerados como direito humano básico pela Organização das Nações Unidas, estão em disputa?

Com essa CFE colocamo-nos em sintonia com o Conselho Mundial de Igrejas e também com o Papa Francisco. Ambos têm chamado a atenção para o fato de que o atual modelo de desenvolvimento está ameaçando a vida e o sustento de muitas pessoas, em especial as mais pobres. É um modelo que destrói a biodiversidade. A perspectiva ecumênica aponta para a necessidade de união das igrejas diante dessa questão. Nossa Casa Comum está sendo ameaçada. Não podemos, portanto, ficar calados. Deus nos convoca para cuidar da sua criação. Promover a justiça climática, assumir nossas responsabilidades pelo cuidado com a Casa Comum e denunciar os pecados que ameaçam a vida no planeta é a missão confi ada por Deus a cada um e cada uma de nós.

É uma alegria compartilhar que nessa CFE, além das cinco igrejas que integram o CONIC, somaram forças também: a Aliança de Batistas do Brasil, o Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP) e a Visão Mundial. Outra novidade é que a IV Campanha da Fraternidade Ecumênica será internacional, porque a Misereor, organização dos bispos católicos alemães para a cooperação e o desenvolvimento, integrou-se nesse mutirão. Nossa oração e desejo é que mais igrejas e religiões entrem nessa caminhada.

Uma Campanha da Fraternidade Ecumênica que cruza fronteiras

Desde o ano de 1958, a Misereor realiza junto às comunidades católicas da Alemanha a Campanha de Quaresma. Esta Campanha é uma expressão concreta da comunhão e da solidariedade da Igreja no mundo inteiro. Ao longo de sua história, a Misereor contribuiu para fortalecer a voz dos povos do Sul, que lutam e buscam caminhos que possam conduzir ao bem-viver todos os homens e todas as mulheres.

Acolher a Misereor como irmã de caminhada na IV CFE significa assumir que a cooperação para o desenvolvimento vai além de alguma ajuda pontual para algum grupo específico. Desde uma perspectiva de fé, significa também assumir a responsabilidade comum pelo futuro da Terra.

Ao unirem-se nessa IV CFE, CONIC e Misereor experimentam uma nova forma de cooperação. A concepção que orienta essa parceria é que os grandes desafios do futuro, em especial aqueles relacionados aos direitos humanos e à justiça climática, não podem ser enfrentados e muito menos resolvidos por um país sozinho. É necessário que essa responsabilidade seja assumida ecumenicamente, indo além das fronteiras geográficas e confessionais.

O Brasil e a Alemanha são países econômica e culturalmente diferentes. A partir dessas diferenças, entendemos que nossas responsabilidades são comuns, porém diferenciadas. A IV CFE será um exercício de experimentar essa unidade na diversidade. É por isso que na Alemanha o foco principal da Campanha será o “Direito e justiça”, enfatizando que os direitos humanos, econômicos, sociais e culturais são inegociáveis. Nesses direitos estão presentes o acesso à água potável e ao saneamento básico.

O ano de 2015 foi de intenso debate sobre as mudanças climáticas. No contexto de preparação para a Conferência do Clima, promovida pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), foram realizados vários espaços de reflexão e reivindicação por justiça ambiental. Duas ações expressam o comprometimento das igrejas com a justiça climática. A primeira delas é o chamado do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) à “Peregrinação por justiça e paz” que denuncia a ação destrutiva do atual modelo de desenvolvimento, os mais afetados são os mais pobres. A “Peregrinação por justiça e paz” destaca a necessidade urgente da superação desse modelo de desenvolvimento que está baseado no consumo e na ganância.

A segunda ação é a Encíclica do Papa Francisco Laudato Sí’: sobre o cuidado da Casa Comum. Essa encíclica é a voz profética que clama para que assumamos o desafio de proteger a Casa Comum unindo-nos por um desenvolvimento sustentável e integral.

A ONU reconhece o papel imprescindível das religiões para a promoção de mudança de valores no que diz respeito ao meio ambiente. Ao nos unirmos como igrejas de dois países tão diferentes, estamos assumindo a responsabilidade comum em favor da criação.

Na Alemanha, a dimensão ecumênica não estará ausente. Ela será fortalecida pela Prece Ecumênica para a Campanha da Quaresma. Essa prece foi elaborada de forma conjunta por Misereor, organização católica, Pão Para o Mundo e organização luterana, com participação do CONIC. A oração expressa a urgência de assumirmos a responsabilidade do cuidado com a Casa Comum: Deus, justo e misericordioso, a Tua Terra, nossa Casa Comum, está em um estado deplorável. Milhões de pessoas sofrem com a fome. Em muitos lugares, o direito à moradia, à água e ao saneamento básico, o direito à autodeterminação econômica, social e cultural é largamente desrespeitado. Estas realidades são difíceis de suportar. Assustam-nos. Fechamos os olhos e a sensação de que “não há nada que eu possa fazer” é forte. Paralisa-nos. Queremos sair dessa armadilha. Queremos acolher o dom da Tua Criação e assumir a responsabilidade por ela. Por isso, necessitamos da Tua ajuda e Te rogamos: Que o cuidado para com a nossa Casa Comum nos dê uma voz forte para denunciar todas as formas abusivas de exploração econômica. Que o saneamento básico e a água potável limpa se tornem acessíveis para todos os cidadãos e todas as cidadãs. Que Tu fortaleças a nossa esperança, para que o direito e a justiça virem realidade. Que nós, teus filhos e tuas filhas, sejamos profetas, preparemos o caminho para o Bem Viver e que estabeleçamos, através das nossas palavras e das nossas ações, relações dignas entre as pessoas, para com a Criação e para contigo, Deus. Amém!

E por que discutir sobre saneamento básico no Brasil?

Como já dissemos, o abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos, o controle de meios transmissores de doenças e a drenagem de águas pluviais são medidas necessárias para que todas as pessoas possam ter saúde e vida dignas.
A combinação do acesso à água potável e ao esgoto sanitário é condição para se obter resultados satisfatórios também na luta para a erradicação da pobreza e da fome, para a redução da mortalidade infantil e pela sustentabilidade ambiental. Há que se ter em mente que “justiça ambiental” é parte integrante da “justiça social”.

Segundo o relatório “Progresso no Saneamento e Água Potável –Atualização e Avaliação dos ODMs 2015”1 da UNICEF e da Organização Mundial de Saúde (OMS), 2,4 bilhões de pessoas ficaram sem acesso ao saneamento melhorado no ano de 2015.

O Índice de Desenvolvimento do Saneamento no Brasil foi de 0,581. Essa posição é inferior aos países desenvolvidos, mesmo frente a vários países da América do Sul.

Muito embora tenhamos uma lei que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, este tema permanece um dos grandes desafios para a qualidade de vida de todas as pessoas.

A responsabilidade pela Casa Comum é de todos, dos governantes e da população. As comunidades cristãs são convocadas por esta Campanha da Fraternidade Ecumênica a mobilizar em todos os municípios grupos de pessoas para reclamar a elaboração de Planos de Saneamento Básico e exercer o controle social sobre as ações de sua execução.

Essa ação será orientada pelo tema da CFE “Casa Comum, nossa responsabilidade” e inspirada e iluminada pelo lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). Para tanto, assumimos os seguintes objetivos:

Objetivo geral:

Assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.

Objetivos específicos:

Unir igrejas, diferentes expressões religiosas e pessoas de boa vontade na promoção da justiça e do direito ao saneamento básico;
Estimular o conhecimento da realidade local em relação aos serviços de saneamento básico;
Incentivar o consumo responsável dos dons da natureza, principalmente da água;
Apoiar e incentivar os municípios para que elaborem e executem o seu Plano de Saneamento Básico;
Acompanhar a elaboração e a excussão dos Planos Municipais de Saneamento Básico;
Desenvolver a consciência de que políticas públicas na área de saneamento básico apenas tornar-se-ão realidade pelo trabalho e esforço em conjunto;
Denunciar a privatização dos serviços de saneamento básico, pois eles devem ser política pública como obrigação do Estado;
Desenvolver a compreensão da relação entre ecumenismo, fidelidade à proposta cristã e envolvimento com as necessidades humanas básicas.

Fonte: CNBB


Retiro Quaresmal

Padre Marcelo Souza disponibiliza retiro espiritual para o Tempo da Quaresma

Queridos amigos,
após um bom tempo relutando, resolvi colocar no ar um blog pessoal. Algumas pessoas me pediram que eu publicasse num blog ou no facebook os textos que escrevi (e pretendo continuar a escrever) para o Jornal Nosso Boletim.
Penso que o blog será um grande instrumento para divulgar coisas boas e interessantes. Pretendo colocar aqui bem mais do que apenas os meus textos. Será um grande desafio, sobretudo no que se refere ao tempo... mas, vou tentar!
Trago hoje o Retiro Quaresmal proposto pelo Pe. Marcelo Souza, da Comunidade São Bento de Araraquara.

RETIRO QUARESMAL - 2016


Quaresma é um tempo de preparação para a Páscoa. Duas são as atitudes fundamentais deste tempo para todo o cristão: a conversão do coração (JEJUM E ORAÇÃO) e a solidariedade para com os necessitados (CARIDADE). A oração é o melhor meio para orientar a vida neste caminho.
O Retiro Quaresmal que, neste ano, tem como tema: “CASA COMUM, NOSSSA RESPONSABILIDADE” e lema a perícope do texto do profeta Amós – “QUERO VER O DIREITO BROTAR COMO FONTE E CORRER A JUSTIÇA QUAL RIACHO QUE NÃO SECA” (Am 5,24), procura responder Aos apelos evangélicos de uma necessária conversão e redescoberta dos verdadeiros valores da vida, que nos faz respeitar-nos e respeitar a natureza, dom supremo que Deus nos concedeu para que “tenhamos vida e vida em abundância”(cf. Jo 10,10). Trazendo este teama da CASA COMUM a campanha nos leva a olhar a vida como um todo e vermos que depende de todos e de cada um de nós a condição de termos o Reino de Deus implantado já no hoje de nossa história, propiciando dignidade de vida a todo homem e toda mulher.
Diante destas motivações queremos oferecer a comunidade uma proposta prática e fácil de RETIRO QUARESMAL. Trata-se de um roteiro de exercícios de oração diária, organizado para as seis semanas da quaresma. O roteiro se baseia na espiritualidade deste tempo que somos convidados a rever nosso proceder e caminhar a fim de celebrarmos o momento mais profundo de nossa fé: A SALVAÇÃO DADA POR JESUS ATRAVÉS DE SUA MORTE E RESSURREIÇÃO.
Como o nome diz, “RETIRO” quer dizer retirar-se, deixar um pouco as atividades de cada dia para oportunizar um encontro de oração pessoal com Deus. Jesus muitas vezes se retirou para o monte a fim de estar a sós com o Pai.
É este convite feito a você para esta quaresma. A principal condição de participar é sentir o desejo de fazer uma experiência pessoal de encontro com Deus. Uma vez tomada esta decisão, você se compromete: 1) a reservar diariamente um tempo de pelo menos 15 minutos para sua oração pessoal; 2) a dar alguns minutos para uma parada de “atenção amorosa” sobre o dia que passou; 3) a revisar, pessoalmente seu retiro e escrever sua experiência pessoal com Deus a fim de escrever seu projeto de vida.
  
Roteiro para a Oração Diária

a) escolher a hora e o lugar mais apropriado para a oração;
b) acolher a presença de Deus, saber que Ele me quer junto de si;
c) pedir a luz do Espírito Santo para que Ele me dirija e inspire;
d) no início de sua oração pessoal reze esta oração:

Aqui estou, meu Deus, diante de ti, tal como sou agora.
Estou sentado diante de Ti, Senhor, tranqüilo e pacificado.
Estou na tua presença e deixo-me conduzir.
Abro-me á tua proximidade.
Tu és a fonte da vida, a força da vida que me penetra.
Tu és minha respiração que me carrega e dilata.
Deixa que a paz me habite.
Concede-me a graça de me deixar “limpar” por Ti,
ser uma concha que se enche de Ti, oh Deus.
Que todos os meus pensamentos e sentimento,
Minha vontade e liberdade sejam orientadas
para o teu serviço e louvor, meu Deus, fonte da vida.
Assim seja!

e) Tomar o texto bíblico e ir dando os passos seguintes:
• Ler o texto inteiro de uma vez;
• Reler versículo por versículo;
• Ler devagar e escutar o que Deus me quer falar;
• Parar onde Deus me fala interiormente, não ter pressa, aprender a saborear;
• Deixar Deus ser próximo, presente;
• Sentir-se amado por Deus;
• Além de ler, usar os sentidos para ver, ouvir, apalpar, cheirar e sentir o sabor das coisas criadas;
• Ir acolhendo o que vier à mente, o que tocar o coração: pode ser desejos, luzes, apelos, lembranças...;
• Rezar, orar com louvores, pedidos, ações de graças;
• Finalizar a oração com uma despedida amorosa.
• Rezar um Pai-Nosso e uma Ave-Maria;
• Saindo da oração fazer uma revisão anotando as moções.
  
Textos para cada dia

Semana das cinzas: Retirar-se com o Senhor e fazer-se seu servidor.

Petição para todos os dias das cinzas: buscar a graça de fazer uma profunda experiência de Jesus Crucificado e Ressuscitado e assim testemunhá-lo como cristão no mundo.

 10/02 - Quarta de cinzas – EZ 18,30-32 – conversão é adesão pessoal à pessoa de Jesus
11/02 – Quinta de cinzas – Dt 30,19-20 – escolher Jesus é escolher a Vida
12/02 – Sexta de cinzas- Rm 8,38-39 – Jesus a certeza de nossa Vida
13/02 – sábado de cinzas – Lc 5,27-32 – Jesus nos chama e espera que o sigamos

1ª semana: Somente conhecendo a Jesus descobrimos quem somos.

Petição para todos os dias da semana: alcançar a graça de conhecer e experimentar o amor e a bondade, a misericórdia e a fidelidade de Deus, que nos foram revelados em Jesus Cristo, na sua pessoa e missão a fim de segui-lo.
  
14/02 – Lc 2,1-20 – uma nova Luz envolve a humanidade
15/02 – Jo 1,1-18 – o Verbo de Deus assumiu nossa carne para nos tornar um n’Ele.
16/02 – Lc 2,22-38 – quem encontra-se com Jesus,dele dá testemunho.
17/02 – Jo 1,35-39 – os dois primeiros discípulos vêem Jesus e vão ao seu encontro.
18/02 – Jo 1,40-42 – o encontro de Simão Pedro com Jesus.
19/02 – Jo 1,45-51 – o encontro de Natanael com Jesus.
20/02 – Mt 9, 9-13 – Jesus chama a todos.

2ª semana: Escutar Jesus é fazer um caminho de santidade

Petição para todos os dias da semana: Jesus ajuda-me a estar atento a tua Palavra, em todas as circunstâncias do meu cotidiano.
  
21/02 – Dt 6,1-9 – escutar a voz interior
22/02 – Jo 15,5 e Jo 14,6 – ouvir as palavras de Jesus
23/02 – Mc 10, 46-52 – Que queres que eu te faça?
24/02 – Lc 10, 38-42 – sentar aos pés de Jesus
25/02 – Mt 13, 10-17 – Deus fala através do universo
26/02 – Mt 7, 24-25 – o que ouve a Deus está seguro
27/02 – Mt 17, 5 – a nossa segurança está no Senhor
  
3ª semana: Deixar-se curar por Jesus e construir o Reino

Petição para todos os dias da semana: Dá-me Senhor, a graça de crer que Jesus é o Divino Médico que pode curar minhas feridas espirituais, psíquicas e físicas.
  
28/02 – Mt 15, 21-28 – Deus olha a intenção
29/02 – Lc 4, 16-21 – os olhos se fixam a Jesus
01/03 – Lc 19, 1-10 – é necessário vencer o limite
02/03 – Lc 15, 11-24 – reconhecer-se para ser perdoado
03/03 – Mt 5, 3-12 – o verdadeiro caminho da santidade
04/03 - Mt 17, 14-20 – quem suplica será ouvido
05/03 – Mt 9, 1-8 – a solidariedade nos leva à cura
  
4ª semana: Deixar-se chamar por Jesus e agir como Ele

Petição para todos os dias da semana: Jesus ajuda-me a abrir-me ao chamado assumindo todas as exigências.
  
06/03 – Mc 10,17-22 – O que me impede de seguir Jesus?
07/03 – Mt 10,16-25 – Os missionários precisam firmar-se na fé.
08/03 – Lc 5,1-7 – Jesus transforma nossos fracassos em esperanças.
09/03 – Lc 5,8-11 – Jesus chama pescadores para a missão.
10/03 – Mc 5,1-20 – A missão é testemunhar
11/03 - Mt 20,1-16 – Jesus nos chama a segui-lo a qualquer momento
12/03 – Mc 12,1-12 – O seguimento de Jesus nos cobra consciência de que a obra é de Deus.
 5ª semana: Deixar-se enviar por Jesus transformando-se em instrumento de paz
  
Petição para todos os dias da semana: que eu tenha a coragem de seguir e testemunhar Jesus.

13/03 – Jo 1,35-51 – quando estamos com Jesus dele recebemos a força
14/03 – Mt 9,35-38 – Jesus envia os discípulos para anunciar a Boa Nova do Reino.
15/03 – Lc 9, 22-27 - ser perseguidos faz parte da missão dos discípulos de Jesus
16/03 – Mt 28,16-20 – a missão dada por Jesus a seus discípulos é universal
17/03 – Jo 20,1-2.11-18 – o encontro de Maria Madalena com Jesus ressuscitado e a missão que Ele lhe dá
18/03 – Jo 4,1-42 – Ele conhece nosso interior
19/03 – Jo 12,1-11 – ungir Jesus é libertar-se

6ª semana: Deixar-se ser transformado por Jesus Cristo através da Cruz e ressurreição

Petição para todos os dias da semana: que eu possa entregar-me ao amor incompreensível de Deus Pai e deixar-me transformar por seu Espírito numa pessoa pascal, como Jesus.
  
20/03 – Lc 23,44-49 – Pai em tuas mão eu me entrego
21/03 – Jo 13,31-38 – em Jesus encontro abrigo
22/03 – Hb 12,1-3 – fixar-se no Mestre
23/03 – Jo 7,37-38 – Jesus sacia a sede
24/03 – Mt 16,24-28 – quem quiser me seguir tome sua cruz
25/03 – Fl 3,15-21 – Nele ressuscitaremos
26/03 – Jo 20 – Em Jesus ressuscitaremos

Revisão da oração
Terminada a oração, rever brevemente como se saem nela, perguntando-se:
- que Palavra de Deus mais me tocou?
- senti algum apelo, desejo, inspiração?
- tive alguma dificuldade ou resistência?
Anotar o que pareceu mais significativo na forma de breve oração de súplica ou de agradecimento.

Oração de atenção amorosa

No fim do dia, dê alguns minutos de atenção amorosa, fazendo-se presente a Deus como alguém que foi agraciado por Ele: agradeça a Deus tudo o que aconteceu de bem para você e para seus irmãos...; invoque o Espírito Santo, pedindo luz para discernir o uso que fez de sua liberdade...; verifique com olhar de fé as situações, encontros, acontecimentos em que permitiu que Deus atuasse em sua vida, sendo sinal de sua presença e amor para com os outros...; peça perdão a Jesus, seu amigo fiel, pelo bem que deixou de fazer, não se deixando conduzir por seu Espírito...; confie ao senhor o seu amanhã, experimentando a alegria de nele depositar sua esperança... Rezar o Pai-Nosso e encerrar a oração.
 .
Padre Marcelo Aparecido de Souza
Pároco da Igreja São Bento - Araraquara (SP)